Como prometido nesse post, hoje o Lucas contará um pouco mais sobre a feira de empregos para o Canadá que ele participou, e, além disso, irá mostrar o ponto de vista dele durante todo nosso processo:
“Olá pessoal! Lucas aqui… Primeira vez escrevendo no blog. Hoje vou contar um pouco da minha experiência e, quem sabe, retornarei mais vezes. 🙂 Bom, vamos lá!
Como morar fora (LEGALMENTE) já era um objetivo nosso, estávamos analisando os melhores lugares/países para morar, e os que mais ofereciam vagas de emprego. Então, vimos que o Canadá, por possuir pouca mão de obra qualificada e ter incentivo de imigração por parte do governo, seria o país mais acessível, principalmente na área de TI. Por esse e outros motivos, eu já acompanhava um canal no YouTube chamado Canadá Diário, canal do Dimitri e da Fabiana, um casal que mora no Canadá há vários anos. Nos vídeos eles contam sobre o dia-a-dia e também explicam diversas formas de imigração LEGAL disponíveis para o Canadá.
Em meados de Maio de 2018, um vídeo do canal me chamou muita atenção. No vídeo, o Dimitri apresentou a VanHack, empresa canadense que ajuda profissionais a encontrarem vagas de emprego no exterior, e, além disso, divulgou que, nos dias 23 e 24 de Junho daquele ano, a VanHack realizaria uma feira de recrutamento no Brasil (São Paulo) com foco em desenvolvedores React, React Native (minha especialidade), JAVA e DevOps. Naquele momento pareceu que tudo tinha caído como uma luva.
A partir daí comecei a pesquisar como fazer a inscrição para participar da feira. Então, preenchi meu perfil no site da VanHack, anexei o meu currículo e agendei a verificação do nível de inglês, que foi feita por uma empresa parceira deles. Essa verificação foi uma entrevista que durou em torno de 15 minutos, na qual avaliaram se eu conseguia me comunicar em inglês. Foi gratuito, e, salvo engano, todos que se inscrevem na VanHack devem fazer. Então, após completar esses passos, fiz minha inscrição para a feira. E, 10 dias depois recebi um email comunicando que eu tinha sido um dos 500 selecionados para participar.
Naquele momento pensei que bastaria esperar o dia da feira e pronto, mas não foi bem assim hehe. Três empresas canadenses estariam vindo para o Brasil para entrevistar pessoalmente os candidatos e, consequentemente, o objetivo da VanHack era levar para a feira as pessoas mais capacitadas para maximizar o número de contratações. Assim, eu e os outros candidatos selecionados, pudemos participar de diversas aulas disponibilizadas pela VanHack para ajudar nas entrevistas. Assim, durante 2 semanas, tivemos em torno de 3 horas de aula por dia (Sim, foi bastante coisa!). Essas aulas contemplavam desde dicas de inglês até como se preparar e responder as perguntas dos entrevistadores. Essa foi uma das melhores experiências que ganhei com todo o processo, pois ela me ajudou não apenas durante esse evento, mas também em todas as outras entrevistas que fiz.
Abrindo um parênteses para um exemplo de uma das coisas que aprendi: O que você responderia ao entrevistador caso a primeira coisa que ele falasse fosse “Me conte mais sobre você”? Talvez a resposta que você pensou foi algo como “Sou Lucas, tenho X anos, sou programador mobile.” (em inglês, é claro haha). Mas, ele não quer saber sua idade. O ideal seria dizer seu nome, sua profissão, e contar um pouco mais da sua experiência profissional. Vários pontos foram mencionados nas aulas, como responder cada tipo de pergunta, sempre exemplificar a sua resposta, etc.
Enfim, o dia da feira finalmente chegou. Fui selecionado para ir à feira no dia 24. Começou às 8h com um Coffee Break e palestras das 3 empresas que vieram para o Brasil e, logo após, às 10h, iniciou-se um hackathon, que se estendeu até às 18h, e, em paralelo, aconteceram as entrevistas.
Os rounds de entrevistas eram de 15 minutos e cada candidato foi entrevistado individualmente. Das três empresas que estavam presentes na feira, eu fiz entrevista apenas para uma (a qual meu perfil se encaixava). Para se ter uma ideia, essa empresa trouxe 7 entrevistadores, ou seja, eram 7 entrevistados a cada 15 minutos.
Após a primeira entrevista, ficaríamos sabendo se faríamos uma segunda entrevista naquele mesmo dia. Então, na hora já fiquei sabendo que passei para segunda entrevista, e marcaram o horário para eu voltar e ser entrevistado por outra pessoa. Após ter feito a segunda entrevista, foquei em terminar o hackathon.
Às 18h, tivemos uma pausa, e logo depois palestras de representantes do governo do Canadá falando sobre o país e os processos de imigração.
No dia 03 de Julho, recebi um e-mail da empresa convidando para uma terceira entrevista, que foi feita por Skype. Após a terceira entrevista, muitos já começaram a receber as notícias de que tinham sido aprovados no processo e a receber as propostas de emprego. Mas, infelizmente (ou felizmente haha), depois de todo esse processo, recebi uma resposta negativa da empresa.
Receber a resposta negativa após todas essas entrevistas foi bastante frustrante. A expectativa já estava alta. Porém, ao mesmo tempo, foi algo que me mostrou que eu estava no caminho certo e que eu tinha capacidade para concorrer de frente com outros candidatos. Bastava continuar procurando. Assim, o fim desse processo foi, também, o início de uma longa jornada de entrevistas que me trouxeram ao local que estou trabalhando hoje e que, no fim, me identifico muito mais do que com a empresa que quase fui contratado no Canadá.
Por fim, a palavra que deixo para aqueles que estão em busca de seus objetivos é persistência. Quanto mais entrevistas você fizer, mais estará preparado para as próximas. E lembre-se que não importam quantos nãos você receba, você precisa de apenas um sim. :)”